sábado, 10 de outubro de 2009

Impressões

Antes de falar sobre os dias de filmagem vou apresentar meu breve olhar sobre as pessoas da equipe.
Irrelevante falar que cada um com seus defeitos; eu os busco todo o tempo, principalmente porque tenho a tendência insistente de não gostar das pessoas.

Dani, a diretora, fala pelos cotovelos. Mentirá quem disser que nunca deu uma “desligadinha” enquanto ela explicava pela quadragésima nona vez aquele enquadramento que ela pensou durante a aula do Carvalheira. Pensa alto, é inteligente e acredita mais do que ninguém no potencial do Cleptomaníacos.

Almir era um dos meus concorrentes à direção de arte. Nem ele sabe por que. Acho que tudo é para ele uma grande aventura, visto que nem de cinema ele é, mas uma aventura que o Almir escolheu viver e para a qual ele tem dado o melhor de si. É o produtor e, devo dizer, nasceu pra isso.

Ana caiu de para-quedas na produção quando todas as outras funções já haviam sido escolhidas. Confesso que me deu medo ver aquela menina tão acanhada numa função tão agressiva. Mas ela tem se saído melhor que encomenda. Gosto de sua disposição para fazer bolinhos de chuva ou até mesmo se vestir sensualmente para a festa do filme.

Edvaldo está na direção de fotografia. É ótimo de se trabalhar, discutir idéias e ultimamente descobri que também é excelente para ter conversas avulsas como por exemplo sobre as canalhisses masculinas cariocas.

Luciana pareceu-me distante e cautelosa demais no início. Mas é de se entender que uma pessoa se comporte assim diante os virtuosismos da Dani e acredito que hoje, Luciana já tenha se acostumado e aprendido a lidar melhor com os caprichos da diretora.

Mariane é a assistente de Dani e não é preciso assistir a nenhuma reunião pra perceber que elas têm pensamentos diametralmente opostos. Um bom termômetro é o olhar de Mariane enquanto Dani fala ou o de Dani enquanto Mariane fala.

Elisabeth pareceu-me bastante empenhada desde o começo, mesmo em questões distantes de sua função original, o som.

Beatriz é aluna de pedagogia e está na disciplina para poder se formar. Terminou se apaixonando e pensa agora em fazer cinema. Acredito que caiu na função perfeita para ela: assistente de arte. É criativa, pau pra toda obra.

Denis do som e Fernando platô são bastante reservados e devo confessar que aprendi o nome do segundo só no dia em que arrecadava dinheiro para a tequila da festa.

Tássia tem boas idéias, mas pouco a vi atuando.

Vanessa? Mergulhada há algum tempo na direção de arte, porém com sérios problemas de ego que a guiam para a direção. Mas é persistente e não abandona paixões.

Essas são impressões que 6 dias de filmagens ratificam ou transformam por completo.

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