CONTENÇÃO!!! CONTENÇAO!!!
Ai, último dia. Ao mesmo tempo em que não vemos a hora do dia acabar para poder sentir aquela sensação gostosa de dever cumprido, o medo de que tudo aquilo vá embora e não volte mais também toma conta. É um sentimento bem estranho e só entende que vivencia. Quando decidimos entrar no projeto de um filme, decidimos por uma entrega total. Durante todo o processo de pré-produção e principalmente no período de filmagens, ficamos totalmente mergulhados naquilo, como se estivéssemos temporariamente imersos num universo paralelo. Uma delícia, de fato.
O dia hoje começou bem cedo. 7 horas da manhã saí de casa e, cheia de sacolas, peguei o primeiro ônibus 49 que avistei. Nele estavam também o Denis e Fernando. Eu me sentia uma própria pata vestida a la brechó e me animou o ‘estilo anos 70’ que o Denis atribuiu ao meu vestido comprido com all star e óculos gigantescos que ao mesmo tempo que escondiam as marcas da minha doença, me davam também um pouco de conforto. Enfim, chegamos à locação exatamente às 7h30, acreditando sermos os primeiros. No entanto, não só a Dani já estava lá como grande parte da equipe, que se organizava no nosso apoio, a Academia de dança logo ao lado da locação.
Eu ainda não me sentia muito bem, sentia dores e umas tonturas de vez em quando, mas não queria demonstrar fraqueza ou descaso com aquilo tudo, além do mais, a energia era boa e dava pra sentir que aquele dia seria diferente; seria bom; seria o último.
A direção de arte, hoje, trabalhou mais do que em qualquer outro dia. Na minha conversa com a Bia no dia anterior, comentei que seria um dia bastante tranqüilo para nós duas. Mas eu estava totalmente enganada: puxamos caixas, arrastamos mesas, ajeitamos vitrine, esticamos pano antireflexo... Enfim, tudo dentro de nossas funções e um pouco mais na assistência de set, como é de costume. O Marcelo, dono da papelaria Lápis e Papel, onde filmamos, de início parecia um pouco resistente a mudanças e alterações em sua loja, e eu particularmente fiquei receosa de chateá-lo com minhas ‘artes’. Mas a verdade é que, com o tempo, e talvez por ver o empenho do pessoal todo – que desde o começo trabalhou super bem em equipe – Marcelo se tornou uma espécie de assistente, seja na arte, na fotografia, na continuidade, se divertindo muito, e o mais interessante, certamente colaborando com todo o processo. Era nítido que ele, sua esposa e seu funcionário estavam adorando o nosso ‘espetáculo’.
As coisas andaram muitas vezes do avesso nessa produção. O primeiro de tudo que posso citar é o fato de sempre termos a nítida certeza de que planos detalhes, sem som e sem movimentos de câmera sempre demoram infinitamente mais do que planos seqüência com steady. Sério. Era o maior desespero do Fernando, planos-detalhe-sem-som. O plano de oito tomadas também deveria entrar para o diário, ou aquele plano de num sei quantas tomadas em que o melhor de todos foi o que apareceu a bunda da Nosara. Eu disse: bundas avulsas estão sempre por aí, mas o argumento de que a bunda da Nosara não era uma bunda avulsa e sim uma bunda de figurante que já tinha aparecido, me convenceu bem a seguir para uma próxima tomada.
O dia de hoje foi de certa maneira ajeitado nas últimas horas. Ator novo no set: Heder Braga. A locação foi modificada algumas muitas vezes durante todo o processo. Uma possível papelaria de um senhor bastante grosseiro no centro, uma livraria sem estilo de um senhor bastante simpático, um shopping de informática de um outro senhor bastante solícito, até conhecermos Marcelo e sua bela papelaria. Era redundante dizer que o melhor investimento dele era com os próprios 12 ou 13 da equipe, futuros compradores. As meninas, principalmente, babavam sobre os caderninhos bonitos e os mimos daquela infância que parece nunca terminar pra gente.
O clima foi bastante descontraído durante todo o dia e eu finalmente me senti parte daquela equipe. Depois de alguns dias me sentindo sempre um pouco de fora, fosse pelo fato de todos já se conhecerem de antes do filme, fosse pelo fato da arte sempre trabalhar um pouco separada, antes de todos os outros, no último de filmagem eu pude fazer parte desse grupo e ver melhor a qualidade de cada um que estava ali. Nesse final pude conhecer melhor Mariane, Tássia e Luciana e dizer que em tantos aspectos as vejo diferente, melhores, bem melhores, como pessoas e profissionais. Pudemos no final dividir grandes risadas; Elizabeth com quem só pude trabalhar de fato por um dia, mas que posso dizer tem o melhor abraço de todos (coisa de paraense?); a Dani louca e desesperada com os detalhes dos quais ela jamais abre mão, dirigindo lindamente seus atores, conseguindo dinheiros e dinheiros com simples telefonemas e sua metralhadora doida de palavras; o Edvaldo suave em seus novos planos, querendo sempre aprimorar e aprender, captando as piadas sujas dentre os jargões cinematográficos ou simples expressões do dia-a-dia; Os meninos, Denis e Fernando, que aparecem pouco e sempre fazem bonito. O Denis com seu repentino momento Xuxa, pedindo pra todo mundo manter o alto astral (lembrei do princesa-xuxa-contra-o-baixo-astral-o-filme) e o Fernando esbravejando que qualidade é tarefa de diretor de fotografia, platô quer mesmo é agilidade; a Ana quietinha, alimentando todo mundo, uma mãe atrás das câmeras (sempre atrás das câmeras); Bia puxando caixa, lavando banheiro, figurando, esticando pano, topando todas as roubadas que o resto da equipe sempre separa para as ‘meninas da arte’.
Final de filmagens, fomos todos pro Vestibular do Chopp comer pizza e fazer planos pros próximos filmes. Certamente haverá novas chances pra esses 12 meliantes se juntarem e produzirem mais um outro algo de tanto valor como será o nosso ‘Cleptomaníacos Anônimos’.
Vejo vocês na edição e finalização!
domingo, 25 de outubro de 2009
Dia 24 de Outubro
Ah, esse dia deve ter sido muito, muito bacana. Mas eu estava em casa, fazendo xixis florescentes e de vez em quando eliminando giletes. Por muitas dores e mal estar não pude estar presente. E é por isso que convidei todos da equipe a deixarem algum momento a lembrar nos comentários, seja do nome costurado na boca do sapo (que até agora ainda não entendi bem), ou de qualquer outra alegria das cenas do Escritório da Praça da Bandeira.
Enjoy your moment!
Enjoy your moment!
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Fim da primeira etapa
Hoje se cumpriu o último dia da primeira etapa do ciclo de filmagens do Cleptomaníacos. Realizamos as filmagens do assalto descrito pelo personagem Jonas, na praia de Itacoatiara, numa ruazinha simpática, bem perto do mar.
A produção conseguiu dois bons pontos de apoio, um localizado exatamente ao lado da locação – uma casa que cederia espaço e energia elétrica pros equipamentos - e o outro num clube chiquérrimo, bem a beira-mar, onde poderíamos guardar caixas, equipamentos, fazer um camarim e um espaço para lanches e descansos.
O dia para a direção de arte não começou nada bem. A máscara de macaco, fundamental para a construção da história de Jonas, não foi encontrada pelo rapaz que iria emprestar-nos e vimo-nos à véspera da filmagem com um macacão de macaco, porém sem a máscara. Eu que havia marcado com a assistente de arte, Bia e a fotógrafa still, Paula no terminal rodoviário às 7h30 da manhã, me vi no desespero de ter que dar conta de uma máscara no comércio preguiçoso de Niterói, que só abre às 9h. Às 8h iniciaram-se minhas tentativas de comunicação com a diretora, que devo dizer, é problemática nesse quesito. Eu já imaginava Dani com o celular pendurado no ombro e dirigindo feito uma louca pela ponte Rio-Niterói, enquanto falava comigo. Coitados dos atores que a acompanhavam, eu sei bem como é essa experiência. Depois de 3 ou 4 ligações interrompidas, eu entendia vagamente o que minha amiga Dani queria dizer, algo como fantasia-macaco-ok-você-itacoatiara-agora. E lá fui eu, cerca de 3 horas atrasada.
Chegando lá, percebi que meu atraso não havia feito grande diferença, já que 2 ou 3 horas é o que normalmente se leva até que Mariane e Dani entrassem em acordo. Sendo assim, produzi a atriz Joelma com tranqüilidade e vesti a roupa de macaco em Ronaldo também com bastante tranqüilidade. Além disso, espalhei um ar mais sombrio naquela ruazinha que seria cenário do assalto do filme.
A primeira cena ocorreu muito bem. Edvaldo conseguiu operar com facilidade o steady cam, tanto que eu não entendi bem porque foram feitas cerca de 4 tomadas de uma cena que ficou tão boa desde o início.
O mais interessante do dia de hoje é que a cena é originalmente passada a noite, mas nossa maior preocupação era exatamente com o pôr do sol, já que faríamos tudo como noite americana. A tecnologia é realmente uma delícia. O fato é que tínhamos muitíssimos planos para hoje e estávamos muitíssimo atrasados no cronograma. Os atores captaram bem a direção da Dani (isso ela faz muito bem) e fizeram um trabalho bem certeiro, que reservou para nós todas as chances de erro que pudessem existir.
A hora do almoço pareceu-me meio conturbada. A princípio almoçaríamos todos juntos no Clube, mas logo depois houve uma mudança de planos e alguns foram à padaria, enquanto eu e a Ana – produtora – acompanhamos os atores num almoço quase macrobiótico no Clube. Esse intervalo foi realmente uma delícia: a comida estava muito boa e as conversas foram muito divertidas. Eu, particularmente me identifiquei muito com a Joelma e mesmo depois das filmagens, passamos um bom tempo discutindo agradáveis amenidades. Quanto ao almoço na padaria, soube depois que houve alguns atritos em tons de brincadeira, mas o que indica que muito daquela cooperação de set, vem unicamente do respeito e profissionalismo de cada integrante. Achei tudo isso extremamente verdadeiro.
O dia acabou cedo para nós, por conta da noite que veio logo. A distância da locação e dos próprios pontos de apoio e set causaram uma certa dificuldade na hora da desprodução. Uma lista de equipamentos se perdeu e o caminhão que os transportaria de volta já aguardava o sinal. Correria pra lá, correria pra cá, senti-me feliz por não ter responsabilidade direta sobre este setor. Desproduzi os atores, desmanchei o camarim e ajudei Ana a recolher as comidinhas espalhadas. Felizmente, Paula, Ana e eu tivemos a gentil carona do pai da Bia e assim seguimos todos de volta à vida real.
A produção conseguiu dois bons pontos de apoio, um localizado exatamente ao lado da locação – uma casa que cederia espaço e energia elétrica pros equipamentos - e o outro num clube chiquérrimo, bem a beira-mar, onde poderíamos guardar caixas, equipamentos, fazer um camarim e um espaço para lanches e descansos.
O dia para a direção de arte não começou nada bem. A máscara de macaco, fundamental para a construção da história de Jonas, não foi encontrada pelo rapaz que iria emprestar-nos e vimo-nos à véspera da filmagem com um macacão de macaco, porém sem a máscara. Eu que havia marcado com a assistente de arte, Bia e a fotógrafa still, Paula no terminal rodoviário às 7h30 da manhã, me vi no desespero de ter que dar conta de uma máscara no comércio preguiçoso de Niterói, que só abre às 9h. Às 8h iniciaram-se minhas tentativas de comunicação com a diretora, que devo dizer, é problemática nesse quesito. Eu já imaginava Dani com o celular pendurado no ombro e dirigindo feito uma louca pela ponte Rio-Niterói, enquanto falava comigo. Coitados dos atores que a acompanhavam, eu sei bem como é essa experiência. Depois de 3 ou 4 ligações interrompidas, eu entendia vagamente o que minha amiga Dani queria dizer, algo como fantasia-macaco-ok-você-itacoatiara-agora. E lá fui eu, cerca de 3 horas atrasada.
Chegando lá, percebi que meu atraso não havia feito grande diferença, já que 2 ou 3 horas é o que normalmente se leva até que Mariane e Dani entrassem em acordo. Sendo assim, produzi a atriz Joelma com tranqüilidade e vesti a roupa de macaco em Ronaldo também com bastante tranqüilidade. Além disso, espalhei um ar mais sombrio naquela ruazinha que seria cenário do assalto do filme.
A primeira cena ocorreu muito bem. Edvaldo conseguiu operar com facilidade o steady cam, tanto que eu não entendi bem porque foram feitas cerca de 4 tomadas de uma cena que ficou tão boa desde o início.
O mais interessante do dia de hoje é que a cena é originalmente passada a noite, mas nossa maior preocupação era exatamente com o pôr do sol, já que faríamos tudo como noite americana. A tecnologia é realmente uma delícia. O fato é que tínhamos muitíssimos planos para hoje e estávamos muitíssimo atrasados no cronograma. Os atores captaram bem a direção da Dani (isso ela faz muito bem) e fizeram um trabalho bem certeiro, que reservou para nós todas as chances de erro que pudessem existir.
A hora do almoço pareceu-me meio conturbada. A princípio almoçaríamos todos juntos no Clube, mas logo depois houve uma mudança de planos e alguns foram à padaria, enquanto eu e a Ana – produtora – acompanhamos os atores num almoço quase macrobiótico no Clube. Esse intervalo foi realmente uma delícia: a comida estava muito boa e as conversas foram muito divertidas. Eu, particularmente me identifiquei muito com a Joelma e mesmo depois das filmagens, passamos um bom tempo discutindo agradáveis amenidades. Quanto ao almoço na padaria, soube depois que houve alguns atritos em tons de brincadeira, mas o que indica que muito daquela cooperação de set, vem unicamente do respeito e profissionalismo de cada integrante. Achei tudo isso extremamente verdadeiro.
O dia acabou cedo para nós, por conta da noite que veio logo. A distância da locação e dos próprios pontos de apoio e set causaram uma certa dificuldade na hora da desprodução. Uma lista de equipamentos se perdeu e o caminhão que os transportaria de volta já aguardava o sinal. Correria pra lá, correria pra cá, senti-me feliz por não ter responsabilidade direta sobre este setor. Desproduzi os atores, desmanchei o camarim e ajudei Ana a recolher as comidinhas espalhadas. Felizmente, Paula, Ana e eu tivemos a gentil carona do pai da Bia e assim seguimos todos de volta à vida real.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
HOJE foi o segundo dia
HOJE percebi que, definitivamente, não sei manter um blog. À altura do quinto post, já me bateu uma preguiça, um desânimo. Minha única motivação é acreditar que faço algo que caso não feito resultará, mais uma vez, em um enorme arrependimento.
HOJE não acordei bem. Não sei se foi o excesso de cafeína que me desencadeou uma leve crise de labirintite, se foi o pouco sono, a tensão. Não sei. Sei que aquele chão fofo do AA nunca me fez sentir flutuar tanto.
HOJE meu consolo era imaginar que tudo seria bem mais fácil, por supostamente já sabermos as estratégias de iluminação, já termos criado um certo ritmo de trabalho, etc, e minha esperança era de que a presença da Marcela no dia anterior não tivesse sido um fator fundamental na nossa organização e ritmo. Mas foi.
HOJE cheguei cerca de 15 minutos atrasada, o suficiente para ter sido a última também. Gostei da pontualidade dos outros. Dessa vez, gostei de me sentir mal e irresponsável. “É por um bom motivo”, pensei. Esse deslize foi o suficiente também para ter desestabilizado todo o trabalho de arte logo de cara. Interessante ver isso. Percebi que apesar da independência e pro atividade da Bia, eu de fato estou dirigindo e coordenando alguma coisa. E hoje eu admito que falhei sério. Cadeiras fora da marcação, mesa desalinhada, toalha virada; teremos sorte se isso não tiver aparecido nos quadros.
HOJE aconteceu uma coisa esquisita. Nosara, continuísta da equipe do outro filme, acompanhou as filmagens, participando ativamente de todo o processo, mais até, eu diria, do que pessoas da própria equipe. Particularmente, Nosara é uma pessoa que me agrada. Acho-a simpática e inteligente, mas era claro que sua presença e suas opiniões causavam um grande desconforto a alguns integrantes da equipe. Isso ficou ainda mais óbvio em determinado momento da filmagem em que a visitante – bem mais pragmática do que a equipe de direção do Cleptomaníacos – irritou-se com as digressivas e longas discussões de Dani, Mariane e Tássia, com as quais nós da equipe técnica já estávamos acostumados, mantendo-nos sob invariante respeito e resignação. Ocupava-me da maquiagem de um dos atores quando percebi os gritos aumentando e atingindo um nível de irritabilidade certamente constrangedor, principalmente aos atores. Definiria este como o momento de maior tensão no set, desde que iniciamos. No entanto, acredito que foi a partir daí que apareceu uma maior coesão – mesmo não podendo esta ser infimamente comparada à do dia anterior.
HOJE fui decidida a permanecer mais tempo dentro do set, por mais sofrido que pudesse ser aquela sauna inebriante e mesmo que tivesse que exercer funções que não fossem minhas, tipo segurar o boom ou bater a claquete. E foi isso que eu fiz e tão saudável que foi.
HOJE voltamos a comer no restaurante do Clube Português, que aceitou preparar a comida doada pelo Restaurante Universitário, ou como é melhor conhecido, o Bandejão da UFF. Foi rápida a refeição e percebi que aquele povo todo não deu conta nem de metade das almôndegas servidas – que se transformaram em sanduíche logo depois. Notei também a diretora bastante preocupada. Sentada ao meu lado, Dani comeu pouco, como de costume (ela faz fotossíntese de vez em quando), e debruçou-se isolada sobre a decupagem cheia de riscos. Já de volta ao AA, o quadro era desesperador: meia hora gravando um singelo plano detalhe do crachá, planos que se partiam, continuidade que consequentemente se enrolava; mas enfim, isso não nos venceu, fortaleceu.
HOJE haveria reunião no Alcoólicos Anônimos e portanto precisaríamos terminar as filmagens até no máximo 6 da tarde e ainda desproduzir todo o local. Aí eu vi vantagem de se fazer uma comédia: apesar do desespero da hora que passava atropeladamente, e do estresse da possibilidade de não conseguirmos terminar, nos divertíamos muito. O Ricardo com aquela onda de fazer seus companheiros ‘mexerem a pélvis’, o Ronaldo com o sorrisinho sacana, o Ragi com aquela inocência no meio da sacanagem e a Néri como a chamada ‘dona pomba’. Era de se espremer e engolir as gargalhadas no meio das tomadas.
HOJE, com os estresses das idéias que não se encontravam, o suor (de verdade) de todos nós, os pombos defumados pelo Almir nas tentativas de comunicação conosco (essa, só a gente entende), nos atrasos, nos desentendimentos, nas risadas e no prazer de estar ali, fechamos o dia abraçados para as fotos e fazendo planos para mais um dia de batalha, dessa vez, em alguma rua florida de Itacoatiara.
HOJE não acordei bem. Não sei se foi o excesso de cafeína que me desencadeou uma leve crise de labirintite, se foi o pouco sono, a tensão. Não sei. Sei que aquele chão fofo do AA nunca me fez sentir flutuar tanto.
HOJE meu consolo era imaginar que tudo seria bem mais fácil, por supostamente já sabermos as estratégias de iluminação, já termos criado um certo ritmo de trabalho, etc, e minha esperança era de que a presença da Marcela no dia anterior não tivesse sido um fator fundamental na nossa organização e ritmo. Mas foi.
HOJE cheguei cerca de 15 minutos atrasada, o suficiente para ter sido a última também. Gostei da pontualidade dos outros. Dessa vez, gostei de me sentir mal e irresponsável. “É por um bom motivo”, pensei. Esse deslize foi o suficiente também para ter desestabilizado todo o trabalho de arte logo de cara. Interessante ver isso. Percebi que apesar da independência e pro atividade da Bia, eu de fato estou dirigindo e coordenando alguma coisa. E hoje eu admito que falhei sério. Cadeiras fora da marcação, mesa desalinhada, toalha virada; teremos sorte se isso não tiver aparecido nos quadros.
HOJE aconteceu uma coisa esquisita. Nosara, continuísta da equipe do outro filme, acompanhou as filmagens, participando ativamente de todo o processo, mais até, eu diria, do que pessoas da própria equipe. Particularmente, Nosara é uma pessoa que me agrada. Acho-a simpática e inteligente, mas era claro que sua presença e suas opiniões causavam um grande desconforto a alguns integrantes da equipe. Isso ficou ainda mais óbvio em determinado momento da filmagem em que a visitante – bem mais pragmática do que a equipe de direção do Cleptomaníacos – irritou-se com as digressivas e longas discussões de Dani, Mariane e Tássia, com as quais nós da equipe técnica já estávamos acostumados, mantendo-nos sob invariante respeito e resignação. Ocupava-me da maquiagem de um dos atores quando percebi os gritos aumentando e atingindo um nível de irritabilidade certamente constrangedor, principalmente aos atores. Definiria este como o momento de maior tensão no set, desde que iniciamos. No entanto, acredito que foi a partir daí que apareceu uma maior coesão – mesmo não podendo esta ser infimamente comparada à do dia anterior.
HOJE fui decidida a permanecer mais tempo dentro do set, por mais sofrido que pudesse ser aquela sauna inebriante e mesmo que tivesse que exercer funções que não fossem minhas, tipo segurar o boom ou bater a claquete. E foi isso que eu fiz e tão saudável que foi.
HOJE voltamos a comer no restaurante do Clube Português, que aceitou preparar a comida doada pelo Restaurante Universitário, ou como é melhor conhecido, o Bandejão da UFF. Foi rápida a refeição e percebi que aquele povo todo não deu conta nem de metade das almôndegas servidas – que se transformaram em sanduíche logo depois. Notei também a diretora bastante preocupada. Sentada ao meu lado, Dani comeu pouco, como de costume (ela faz fotossíntese de vez em quando), e debruçou-se isolada sobre a decupagem cheia de riscos. Já de volta ao AA, o quadro era desesperador: meia hora gravando um singelo plano detalhe do crachá, planos que se partiam, continuidade que consequentemente se enrolava; mas enfim, isso não nos venceu, fortaleceu.
HOJE haveria reunião no Alcoólicos Anônimos e portanto precisaríamos terminar as filmagens até no máximo 6 da tarde e ainda desproduzir todo o local. Aí eu vi vantagem de se fazer uma comédia: apesar do desespero da hora que passava atropeladamente, e do estresse da possibilidade de não conseguirmos terminar, nos divertíamos muito. O Ricardo com aquela onda de fazer seus companheiros ‘mexerem a pélvis’, o Ronaldo com o sorrisinho sacana, o Ragi com aquela inocência no meio da sacanagem e a Néri como a chamada ‘dona pomba’. Era de se espremer e engolir as gargalhadas no meio das tomadas.
HOJE, com os estresses das idéias que não se encontravam, o suor (de verdade) de todos nós, os pombos defumados pelo Almir nas tentativas de comunicação conosco (essa, só a gente entende), nos atrasos, nos desentendimentos, nas risadas e no prazer de estar ali, fechamos o dia abraçados para as fotos e fazendo planos para mais um dia de batalha, dessa vez, em alguma rua florida de Itacoatiara.
domingo, 11 de outubro de 2009
O grande, longo e esperado primeiro dia
Uns mais outros menos, hoje pudemos todos dormir um pouco mais do que o normal em rotina de filmagens. Apesar do horário marcado ter sido às nove, confesso que acordei a primeira vez às 5h45 achando que dormira demais e que teria 10 min pra correr, me arrumar, checklistar e chegar no set. Às 7h25 acordo de novo, dessa vez com o produtor me ligando. Mas eu não sou obrigada, virei, cocei-me e dormi de novo até às 8h.
Fui a terceira a chegar, depois de Ana e Bia. Corremos para arrumar o set e organizar o nosso camarim na sede do Alcoólicos Anônimos. Os fotografia logo chegaram, acompanhados do som, continuidade e todo mundo mais. Engraçado chamar os integrantes pelas funções, logo hoje que eu realmente me irritei com isso. Algumas pessoas ou esqueceram meu nome ou acham ele muito longo pra fala-lo ou fazem isso pra irritar mesmo. Mas o fato é que hoje eu mudei de nome pra Arte. Parece besteira? Eu realmente acho uma grande falta de respeito tratar pessoas, principalmente com as quais você trabalha de “Ei”, como os atores foram chamados algumas vezes, “menina”, como eu vi algumas pessoas serem chamadas ou como “Arte”. Mas enfim. Eu de fato levo palavras muito a sério.
Iniciamos bastante atrasados, levando em consideração a ordem do dia. O início para mim foi uma grande delícia, quando fotografia e direção decidiram voltar atrás e aceitar minha idéia de colocar uma mesa em cena, com a jarra de água, copos e tudo mais que eu queria. No final, fiquei muitíssimo satisfeita com a cor, disposição e tudo mais no cenário.
Com a equipe meio dispersa e um tanto enrolada, confesso que fiquei preocupada com os atores, Néri e Ronaldo, que passaram a manhã inteira sem gravar uma cena sequer, sem contar o Ricardo que esperou um bocado debaixo de tanta luz, já preparado, para iniciar as filmagens. Quase 4 horas enfurnado naquela sauna em que se transformou o nosso set.
Chegamos às 13 horas sem um plano sequer. Revezamo-nos para o almoço, gentilmente oferecido pelo restaurante do Clube Português do Ingá à equipe. A essa altura eu já estava bastante tensa com o andamento de tudo e com medo da irremediável queda de rendimento que fatalmente viria depois do almoço. Mas esse povo parece que trabalha às avessas e me surpreendi com o pique que se deu logo após a refeição. Mais ainda, surpreendi-me com a sintonia com que toda a equipe trabalhava. E assim seguiram-se os planos, 18 ao todo, com uma média de 4 takes por cena.
Imprevistos? Difícil dizer. Da minha parte, esqueci de levar bandeides e antiséptico.. Engraçado que coisas esdrúxulas são sempre pedidas à diretora de arte auiehuiaheiua
Muita coisa surgiu nesse primeiro dia, além dessa equipe coesa e eficiente, que eu até então duvidava que existiria. A Dani agia, muito mais do que falava, o Dênis realmente sabia o que estava fazendo, a Tássia preenchia as fichas de continuidade numa enorme presteza, os atores, fantásticos, com cacos utilíssimos, Fernando que coordenava muito bem a equipe, dupla de fotografia empenhada... Um clima muito gostoso de se trabalhar. Eu observava tudo atentamente, me esforçando para guardar detalhes interessantes para postar nesse diário. Pensava e tentava memorizar, digitando na minha cabeça um diário muito mais interessante do que tenho conseguido escrever às noites depois de 10, 12 horas de filmagens. O fato é que durante o dia me empolgo tanto com a idéia que tenho vontade de divulga-la logo, bem antes do previsto (fim das filmagens). Mas então chego em casa, releio cansadamente os posts e vejo que se trata muito mais de um diário da Vanessa do que do Cleptomaníacos Anônimos. Mas enfim. Será o único que teremos.
Mal posso esperar pelo dia de amanhã. Feriado das crianças e dia santo e nós, 20 pessoas que há alguns dias eram meros estranhos, dividiremos refeições, alegrias e agonias, como numa família feliz, seguiremos o percurso de um mesmo caminho, em busca de um mesmo resultado.
*o clichê é lindo
Fui a terceira a chegar, depois de Ana e Bia. Corremos para arrumar o set e organizar o nosso camarim na sede do Alcoólicos Anônimos. Os fotografia logo chegaram, acompanhados do som, continuidade e todo mundo mais. Engraçado chamar os integrantes pelas funções, logo hoje que eu realmente me irritei com isso. Algumas pessoas ou esqueceram meu nome ou acham ele muito longo pra fala-lo ou fazem isso pra irritar mesmo. Mas o fato é que hoje eu mudei de nome pra Arte. Parece besteira? Eu realmente acho uma grande falta de respeito tratar pessoas, principalmente com as quais você trabalha de “Ei”, como os atores foram chamados algumas vezes, “menina”, como eu vi algumas pessoas serem chamadas ou como “Arte”. Mas enfim. Eu de fato levo palavras muito a sério.
Iniciamos bastante atrasados, levando em consideração a ordem do dia. O início para mim foi uma grande delícia, quando fotografia e direção decidiram voltar atrás e aceitar minha idéia de colocar uma mesa em cena, com a jarra de água, copos e tudo mais que eu queria. No final, fiquei muitíssimo satisfeita com a cor, disposição e tudo mais no cenário.
Com a equipe meio dispersa e um tanto enrolada, confesso que fiquei preocupada com os atores, Néri e Ronaldo, que passaram a manhã inteira sem gravar uma cena sequer, sem contar o Ricardo que esperou um bocado debaixo de tanta luz, já preparado, para iniciar as filmagens. Quase 4 horas enfurnado naquela sauna em que se transformou o nosso set.
Chegamos às 13 horas sem um plano sequer. Revezamo-nos para o almoço, gentilmente oferecido pelo restaurante do Clube Português do Ingá à equipe. A essa altura eu já estava bastante tensa com o andamento de tudo e com medo da irremediável queda de rendimento que fatalmente viria depois do almoço. Mas esse povo parece que trabalha às avessas e me surpreendi com o pique que se deu logo após a refeição. Mais ainda, surpreendi-me com a sintonia com que toda a equipe trabalhava. E assim seguiram-se os planos, 18 ao todo, com uma média de 4 takes por cena.
Imprevistos? Difícil dizer. Da minha parte, esqueci de levar bandeides e antiséptico.. Engraçado que coisas esdrúxulas são sempre pedidas à diretora de arte auiehuiaheiua
Muita coisa surgiu nesse primeiro dia, além dessa equipe coesa e eficiente, que eu até então duvidava que existiria. A Dani agia, muito mais do que falava, o Dênis realmente sabia o que estava fazendo, a Tássia preenchia as fichas de continuidade numa enorme presteza, os atores, fantásticos, com cacos utilíssimos, Fernando que coordenava muito bem a equipe, dupla de fotografia empenhada... Um clima muito gostoso de se trabalhar. Eu observava tudo atentamente, me esforçando para guardar detalhes interessantes para postar nesse diário. Pensava e tentava memorizar, digitando na minha cabeça um diário muito mais interessante do que tenho conseguido escrever às noites depois de 10, 12 horas de filmagens. O fato é que durante o dia me empolgo tanto com a idéia que tenho vontade de divulga-la logo, bem antes do previsto (fim das filmagens). Mas então chego em casa, releio cansadamente os posts e vejo que se trata muito mais de um diário da Vanessa do que do Cleptomaníacos Anônimos. Mas enfim. Será o único que teremos.
Mal posso esperar pelo dia de amanhã. Feriado das crianças e dia santo e nós, 20 pessoas que há alguns dias eram meros estranhos, dividiremos refeições, alegrias e agonias, como numa família feliz, seguiremos o percurso de um mesmo caminho, em busca de um mesmo resultado.
*o clichê é lindo
sábado, 10 de outubro de 2009
Grande véspera
Hoje o dia foi tenso e, como já aprendeu minha assistente Bia, passamos o dia inteiro de piniqueiras do Cleptomaníacos: lavamos banheiro, esfregamos chão, arrastamos móveis; afinal, direção de arte em curta metragem tem mesmo é que botar a mão na massa.
Às 8h da manhã, cheguei a nossa primeira locação, a sede dos Alcoólicos Anônimos do Ingá, que gentilmente cederam o espaço para realizarmos as cenas da sala de reunião dos cleptomaníacos. O espaço era exatamente o que buscávamos, mas necessitava de pintura nas paredes, alguns reparos e de bastante limpeza. O banheiro foi a tarefa mais ingrata da tarde. Ana, Bia e eu, revezamo-nos na tentativa de clarear o chão e livrar o ambiente dos dejetos de pombos que estavam por todo lado.
Nem todo mundo apareceu por lá e é nesses momentos que eu acho que existem dois grupos dentro do Cleptomaníacos Anônimos e que eles trabalham muito bem, separados. Tudo correu muito bem, sem brigas, na camaradagem, na cordialidade, na normalidade, e apesar de toda a correria do povo de fotografia atrás de filtros, prolongas, fresnéis e sei mais lá o que, e dos fios e cabos da elétrica invadindo o meeeu cenário (uaheiuaheu), no final da tarde tínhamos um set praticamente pronto para as filmagens de amanhã.
É fato que muita coisa vai dar errado. Muita gente vai ter que ficar calado pra evitar brigas e muita gente vai brigar por não conseguir ficar calado. Eu particularmente já passei pelas duas situações no último mês e ultimamente decidi ignorar pitacos na arte (que todo mundo dá) ou insinuações verbais perigosas. Confesso que até minha pele ficou mais bonita.
Espero que todo mundo tenha longos check-lists a mão, porque dá um desespero de pensar que um trabalho de tanto tempo possa vir a dar errado.
Sábado à noite, 23h. Desde ontem, recebi 3 convites super sedutores pra ir pra Lapa, festinha em Botafogo ou corrupções na Cinelândia. Mas é cinema e a gente ama muito tudo isto.
Às 8h da manhã, cheguei a nossa primeira locação, a sede dos Alcoólicos Anônimos do Ingá, que gentilmente cederam o espaço para realizarmos as cenas da sala de reunião dos cleptomaníacos. O espaço era exatamente o que buscávamos, mas necessitava de pintura nas paredes, alguns reparos e de bastante limpeza. O banheiro foi a tarefa mais ingrata da tarde. Ana, Bia e eu, revezamo-nos na tentativa de clarear o chão e livrar o ambiente dos dejetos de pombos que estavam por todo lado.
Nem todo mundo apareceu por lá e é nesses momentos que eu acho que existem dois grupos dentro do Cleptomaníacos Anônimos e que eles trabalham muito bem, separados. Tudo correu muito bem, sem brigas, na camaradagem, na cordialidade, na normalidade, e apesar de toda a correria do povo de fotografia atrás de filtros, prolongas, fresnéis e sei mais lá o que, e dos fios e cabos da elétrica invadindo o meeeu cenário (uaheiuaheu), no final da tarde tínhamos um set praticamente pronto para as filmagens de amanhã.
É fato que muita coisa vai dar errado. Muita gente vai ter que ficar calado pra evitar brigas e muita gente vai brigar por não conseguir ficar calado. Eu particularmente já passei pelas duas situações no último mês e ultimamente decidi ignorar pitacos na arte (que todo mundo dá) ou insinuações verbais perigosas. Confesso que até minha pele ficou mais bonita.
Espero que todo mundo tenha longos check-lists a mão, porque dá um desespero de pensar que um trabalho de tanto tempo possa vir a dar errado.
Sábado à noite, 23h. Desde ontem, recebi 3 convites super sedutores pra ir pra Lapa, festinha em Botafogo ou corrupções na Cinelândia. Mas é cinema e a gente ama muito tudo isto.
O laboratório
Um dia desses durante a semana chega o Almir empolgado por ter conseguido uma coisa que ninguém imaginava nem procurar: uma psicóloga.
A cleptomania é de fato um problema sério pelo qual muitas pessoas, algumas até mesmo famosas, passam e que lhes traz transtornos morais seríssimos. O roteiro de Cleptomaníacos Anônimos trata do assunto com bastante bom humor e pitadas de absurdo.
O receio do nosso produtor era de que a abordagem fosse vista como de mal gosto e alienada por quem assistisse e aí surgiu a idéia de fazer um vídeo tratando a cleptomania como, de fato, um problema. Neste momento, vimos a oportunidade maravilhosa de poder levar aos nossos queridíssimos atores Néri Monteiro, Ricardo Romão, Ronaldo Gontijo, Ragi Abib, Joelma Paula e Gabriel Canela, uma espécie de laboratório para criação de seus personagens.
No dia 03 de Outubro recebemos a psicóloga no IACS que deu uma belíssima palestra sobre o assunto, abrindo uma instigante discussão entre a equipe e os atores. E qual não foi a nossa surpresa ao saber que o roteito apresentava traços da teoria de Lacan e ainda ter sido bastante elogiado pela psicóloga e psicanalista.
A ocasião também foi uma excelente oportunidade de conhecermos melhor os atores, os quais eu particularmente adorei conhecer e dos quais desejo tornar-me amiga.
É realmente impossível colocar em palavras a alegria que é ter gente tão bacana e talentosa trabalhando no Cleptomaníacos conosco.
Como diria o Ricardo, esse curta vai dar samba, hehehehe :)
A cleptomania é de fato um problema sério pelo qual muitas pessoas, algumas até mesmo famosas, passam e que lhes traz transtornos morais seríssimos. O roteiro de Cleptomaníacos Anônimos trata do assunto com bastante bom humor e pitadas de absurdo.
O receio do nosso produtor era de que a abordagem fosse vista como de mal gosto e alienada por quem assistisse e aí surgiu a idéia de fazer um vídeo tratando a cleptomania como, de fato, um problema. Neste momento, vimos a oportunidade maravilhosa de poder levar aos nossos queridíssimos atores Néri Monteiro, Ricardo Romão, Ronaldo Gontijo, Ragi Abib, Joelma Paula e Gabriel Canela, uma espécie de laboratório para criação de seus personagens.
No dia 03 de Outubro recebemos a psicóloga no IACS que deu uma belíssima palestra sobre o assunto, abrindo uma instigante discussão entre a equipe e os atores. E qual não foi a nossa surpresa ao saber que o roteito apresentava traços da teoria de Lacan e ainda ter sido bastante elogiado pela psicóloga e psicanalista.
A ocasião também foi uma excelente oportunidade de conhecermos melhor os atores, os quais eu particularmente adorei conhecer e dos quais desejo tornar-me amiga.
É realmente impossível colocar em palavras a alegria que é ter gente tão bacana e talentosa trabalhando no Cleptomaníacos conosco.
Como diria o Ricardo, esse curta vai dar samba, hehehehe :)
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